terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Cotidiano de uma carioca.

Calor. Rio de Janeiro. Cidade lotada desde o Ano Novo em Copacabana. E Janeiro começa. A linha do metrô mudou sabia?! Aham, agora, na Zona Norte, um vai pra Pavuna, um vai pra Saens Peña, um vai pra Pavuna, um vai pra Saens Peña,... E a ‘carioca da gema’ aqui, se perdeu. Indo para a Saens Peña, foi fazer uma visitinha na Pavuna, mas voltou logo. É nessas que se conhece a própria cidade,... um ‘mini-tour’. Chiquérrimo, não!?
8h da manhã. Acorda menina! – diz a Ana Maria. E vai por banheiro se arrumar. Passou o corretivo, tirou a olheira?! Tá ghata então! Penteia o cabelo, mas prende! Se não ele ‘arma’... e quando ele ‘arma’... você está sendo Vanessa da Mata por um dia (tá é exagero!... mas é triste viu amiga! rs...). Passa um brilhinho, põe a roupa e a rasteirinha amygha de todos os dias – porque nesse calor do Rio, é quase crime pro pés andar de salto! Saiu de casa. Toda animadona pra ir pro Saara. Muita coisa fofa pra olhar, pra comprar... mais até do que o dinheiro permite. Entrou na estação do metrô. Já se sentindo ‘A’ mendiga de tanto que já suou nesse calor ‘imoral’, como diz a mãe. Se sente ‘O’ lixo quando vê que, mesmo no calor, ainda existem mulheres glamurosas,... e você não é uma delas. Tá, pula essa parte.
Comprou o bilhete do metrô. O bilhete hoje, é cartão. Vai para aquela roleta passar o cartão. A esperta aqui, vendo todo mundo aproximar o cartão e passar, faz o mesmo. Fica alguns minutos tentando e a maquininha acusando que está errado. A fila se forma de pessoas que quase não estão com pressa. Vergonha. Um rapaz mostra como tem que ser. E ela não consegue entender, claro! Afinal, antes de 12h, ninguém raciocina direito, né?! O rapaz explica de novo. Ela entendeu! Espertíssima essa aí! Obrigada obrigada obrigada, para o rapaz. E desce a escadinha para entrar no metrô. As plataformas lotadas. Tensão. Fica pertinho do grupo mais vazio. Atenção. Chegou o metrô. Entrou com dificuldade mesmo! Mais lotado impossível! Fica em pé mesmo, que já ta com sorte de ter entrado. E... putz! O ar-condicionado pifou! Vai no calor mesmo. Chega no centro da cidade parecendo... melhor não comentar. Baranguenta demás! Vai no Saara, anda anda anda, adoooooooora! Mesmo. Comprou tudo o que tinha pra comprar?! Bóra pra casa então! Procura a estação do metrô. Não achou. Porque?! Sei lá! Sempre faz o mesmo caminho, mas, dessa vez, se perdeu. Calor. Sacolas pesadas. Informações erradas. Um dizia que era pra cá, outro dizia que era pra lá... E fica brincando de zigue-zague no centro da cidade. Ô diversão! Começa a chover. Agora ficou bom meeesmo! A brincadeira que já tava boa, fica divertidíssima. Suor e chuva. A baranga começa a assustar as criancinhas que passam. Achou a estação do metrô! Ih... olha lá! Era lá mesmo que ficava. As pernas se cansaram á toa, tadinhas. Tadinhas nada! Tem que emagrecer mesmo! Olha o lado bom de tudo!
Entrou na estação. Tranquilona, vai comprar o bilhetinho. Agora já sabe como passa com o cartão. Ah menina esperta por demais! Passou. Desceu a escadinha que apontava para a ‘Zona Norte’. Confirmou, só pra garantir: Zona Norte (Tijuca, Linha 2, São Cristóvão,... blábláblá). Tá certo. É nesse mesmo.
A plataforma mais lotada do que na ida. Se prepara. Abriu. Ahn... tipo, posso entrar?! E deu pra entrar. Muita sorte. Ar-condicionado ainda pifado. O cheirinho era um perfume de rosas. Suor coletivo. Eca! Se segura naquela barra, pra não cair! E... ops! Não alcança a barra de cima. Era a que dava pra pegar, mas a baixinha não conseguiu. Tipo... cava o chão e se esconde de vergonha, pelo amor de Deus! Vai encostada nos outros mesmo.
Ah!... um momento de calma e serenidade. Vai chegar em casa rapidinho e tomar um banho esperto. E o metrô só enche. Que estranho. O metrô pro caminho de casa não enche assim. Ah! bobeira! Deve estar assim porque é começo de ano! (e o que que tem uma coisa a ver com a outra?! Sei lá, todo mundo costuma dizer isso...). Aperta mais um pouquinho. Passa o olho na janelinha da porta do metrô. Ih! O metrô ta tipo... ao ar livre?! Mas heim?! Alguma coisa ta errada. (pensando: f#@!&*). Olha pros lados. Não reconhece o lugar. Pergunta pra moça que estava do lado – no colo! praticamente. É São Cristóvão. E a próxima!? É a Pavuna. Ah... fica na Tijuca?! O desespero leva à burrice. E como sai daqui pra Tijuca?! Tem que sair em São Cristóvão e voltar para a Central. Central... é Tijuca?! Mais burrice! Não, você sai na Central para pegar o Saens Peña. Ah tá, brigada! Ui, que medinho. Mãe, vem me buscar?! Nada disso, enfrenta como mulher! Sai do metrô errado. Troca de plataforma. Espera o metrô certo. Cadê!? Não vem?! Vem. Mas demora. Alívio. Outras também cometeram o mesmo erro. Pega o metrô certo. Ah! Vazio! Sabia!
Salta na Central. Presta atenção agora! Pega o Saens Peña. Tava vindo da onde?! População se jogando – literalmente - para fora do trêm. Que susto! Arrastão?! Não!? Então relaxa e vambóra pra Tijuca, finalmente. Entra no metrô. Ar-condicionado ainda quebrado. Perfume de rosas, de novo. Prende a respiração e espera chegar em casa. Chegou na Tijuca. Lar doce lar. Vai pra casa e vai pro banho já! Tomou banho!? Tá ghata! Ri do dia e liga pra contar. Hoje foi a Pavuna. Amanhã é Madureira que vai enfrentar. Dorme cedo para levantar cedo e ir pra Madureira. Feliz da vida, como boa carioca que é.
Texto: autoria da dona do blog. Por favor, não reutilizar! Obrigada!